A parede
Ainda aquecida pelo toque das tuas mãos
Respiro próximo e, quase sinto ainda o teu cheiro
Se pudesse trespassa-la talvez, ainda te conseguisse tocar...
Estás do outro lado
Sei que sim, sinto-o
Mas é em silêncio, que vou escutando o teu sussurrar.
Fecho os olhos e entrego-me
A um estado de sentidos loucos
Que me arrepiam a pele e me fazem gemer
Enquanto o auge me invade o corpo
Trémulo ao toque...
Sinto-te, inexplicavelmente
Aqui.
E, de repente
A cama ficou tão grande
E o quarto, tão vazio!
AP
1 comentário:
Um poema (dos teus) que já não aparecia há algum tempo...
Um poema que fala de amor, das proximidades e do desejo de tocar...
"Fecho os olhos e entrego-me" é o verso que sobressai e embala a criança que há em ti...
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